Não dá para
entender, que enquanto o produto turismo, alavanca a economia em vários países
do mundo, o Estado do Amazonas com tantas belezas naturais, não divulga e nem
incentiva a exploração do turismo em várias modalidades, como por exemplo; o
montanhismo, temos no Amazonas o ponto mais alto do Brasil, muito pouco
explorado pelos aventureiros do Brasil e do mundo, o Pico da Neblina,
localizado no norte do Amazonas, na Serra do Imeri, é a montanha mais alta do
Brasil com 2993,78 metros de altitude (medição revista por satélite/GPS pelo
IBGE em 2004). Dá nome ao Parque Nacional do Pico da Neblina, onde está
situado. Localiza-se no município de Santa Isabel do Rio Negro, mas a cidade
mais próxima é São Gabriel da Cachoeira, que também possui uma montanha
belíssima que é conhecida como “a bela adormecida”, porque o contorno da
montanha se parece com uma mulher deitada, adormecida, mais também muito pouco
explorada pelos aventureiros do montanhismo do Brasil e do mundo. Tendo ainda,
a Cachoeira do Aracá/Am. A mais alta cachoeira do Brasil com 365 metros de altura em
queda livre.
É
interessante como no estado do Amazonas o turismo é colocado em último lugar
pelos gestores. A maioria das
prefeituras do Amazonas não possui uma secretaria de turismo, coordenadoria ou
qualquer pasta relacionada ao turismo. Para se ter ideia do descaso com este
importante setor, que em alguns países é gerador de grandes receitas, criando
milhares de empregos e renda, dos 62 municípios do estado, apenas Manaus,
Parintins e Barcelos são citados pelo Ministério do Turismo como destinos
turísticos no Amazonas. Isso tem prejudicado muito a obtenção de recursos por
parte dos outros municípios.
O turismo no
mundo inteiro é um dos setores econômicos que mais cresce. No Brasil em 2005 o
setor arrecadou quase 04 bilhões de dólares sendo reconhecidamente um dos
setores da economia que mais criam empregos.
Mais o
turismo no Brasil tem vários gargalos, sendo um deles a falta de formação da
mão de obra qualificada, que ofereça uma dimensão de negócios promovendo o
desenvolvimento deste setor.
Recentemente
um instituto que promove cidades no mundo, transformando cidades e lugares em
destinos turísticos e divulgando por
todo o planeta, através de concursos para escolha das Sete Maravilhas do Mundo
o qual internautas do mundo inteiro elegeram o Cristo Redentor do Rio de
Janeiro como umas destas Sete Maravilhas, promoveu um concurso mundial para
eleger as Sete Maravilhas da Natureza, realizado pelo New 7 Wonders, de 440
lugares de 220 países após duas etapas e que envolveu o voto popular na
internet e seleção de especialistas, foram escolhidas 28 finalistas, entre elas
As Cataratas do Iguaçu e a Amazônia,
Uma grande
mobilização foi realizada por paranaenses na internet e uma campanha nacional
em favor da escolha das Cataratas do Iguaçu foi realizada, políticos,
personalidades, e o povo do Paraná, se uniram em prol de eleger as Cataratas do
Iguaçu entre as 7 Maravilhas da Natureza, o que acabou acontecendo e houve uma
grande manifestação popular pela conquista como se fosse uma disputa pela Copa
do Mundo. Os sulistas do Brasil se uniram com argentinos, pois as Cataratas
atravessam a fronteira e também é uma atração do lado argentino e brasileiros e
argentinos comemoraram durante mais de uma semana esta conquista, com a eleição
e a confirmação das Cataratas do Iguaçu como uma das Sete Maravilhas da
Natureza, isto foi fundamental para colocar o estado do Paraná entre os
destinos turísticos de excelência do mundo, tendo a agência de viagens mais
antiga do planeta a britânica Cox & Kings, criada em 1758 uma das empresas
que incluiu após a escolha das Cataratas do Iguaçu entre as 7 Maravilhas da
Natureza em um novo pacote turístico para o destino Iguaçu.
Enquanto no
Estado do Amazonas, que é conhecido no mundo pela floresta amazônica, não houve
nenhuma manifestação por parte das autoridades e nem por parte da população,
porque a maioria sequer foi informada que a Amazônia estava sendo escolhida
como uma das 7 Maravilhas da Natureza do Mundo.
Este
importante evento colocou estados e países que compõem a Amazônia em situação
destacada no calendário turístico mundial. Somente o governo do Peru se
mobilizou em prol da eleição da Amazônia e festejou a
conquista como se este país tivesse vencido uma grande competição
internacional.
As
autoridades e a sociedade constituída do estado do Amazonas e Manaus que clama
por um projeto que possa ser uma opção ao modelo da Zona Franca de Manaus, que
com mais de 40 anos se sustenta ainda a base de pressão política, precisa de
uma válvula de escape para que diante de tantos obstáculos, a ZFM atual PIM,
não seja sufocada por seus opositores poderosos do Sul e Sudeste que tem
atacado ferozmente e sem tréguas este importante projeto industrial, que
alavancou a economia do estado do Amazonas durante as últimas quatro décadas,
mas que vem sofrendo nos últimos anos, algumas derrotas que pode gerar uma
grande perda para este estado, como aconteceu há séculos passados com a derrocada do preço da borracha, que
derrubou a economia do Amazonas que não tinha mais a primazia deste produto no
mundo internacional.
O ecoturismo
tem tudo para se transformar na grande opção de desenvolvimento econômico e
social no Amazonas, desde que as autoridades e a sociedade constituída entendam
que somente através do ecoturismo, o estado do Amazonas poderá se transformar
em um grande destino turístico no roteiro turístico do mundo.
Um ecoturismo não apenas com hotéis de
selva, mas com várias atividades e roteiros específicos para cada grupo de
turistas, que queiram fazer caminhada na selva, conhecer comunidades indígenas,
pescar, observar pássaros, conhecer a história da cidade e dos nativos,
praticar atividades esportivas, como canoagem, alpinismo e viajar por todo o
estado do Amazonas, para conhecer as belezas naturais de cada município,
convivendo com o povo nativo, conhecendo sua história, cultura e culinária.
Este sim é o desejo de muitas turistas que nos visitam, mais que
infelizmente ficam restrito a um roteiro turístico voltado apenas para Manaus.
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