segunda-feira, 17 de agosto de 2015

El Niño o fator preponderante no clima da Terra


A se confirmar as previsões de cientistas de vários países do mundo, que o efeito El Niño neste ano de 2015, vai ser mais forte que a de 1997, podemos esperar com certeza, além do sufocante calor que já é sentido pela população de vários países, também a seca em vários rios e sistemas que abastecem as cidades com água potável. Por causa do El Niño, as águas do oceano pacífico, na altura dos países como o Peru e Equador ficam acima de cinco graus centígrados, mais quentes do que o normal, com isso as massas de ar frio oriundas dessas regiões chegam superaquecidas na Amazônia, fazendo com que as correntes de ar quente e seco se desloquem do Norte para o Sul e Sudeste do Brasil, ocasionando elevações nas temperaturas nos estados destas regiões.
O El Niño ao longo de mais de três décadas, tem provocado secas prologadas em vários países como Austrália, África, Indonésia, Filipinas. Índia e nos países da América Central e do Sul. Por outro lado, também desencadeou inundações catastróficas nos Estados Unidos, Peru, Equador, Bolívia, Cuba e outros países, assim como furacões no Havaí Taiti e EUA.
Em 1997 o El Niño causou um grande desastre ecológico, com a seca em grandes lagos piscosos, principalmente na Amazônia, a seca foi tão forte que onde era rio, virou deserto e estrada


Neste ano de 2015, a seca afetou o sistema Cantareira que abastece com água potável a população da maior cidade brasileira, São Paulo. A estiagem e o forte calor estão causando uma grande crise hídrica não apenas na maior Metrópole do Brasil mas também no estado da Califórnia nos EUA e outras grandes cidades pelo mundo afora.
O El Niño nada mais é do que as consequências que estamos sofrendo por causa dos desmatamentos, poluição e outros fatores que tem destruído o ecossistema natural da terra, e se a ganância continuar a prevalecer diante da consciência de preservação do Meio ambiente deste planeta, vamos continuar assistindo o surgimento destes fenômenos de mudanças climáticas em todo o planeta.
O El Niño foi originalmente reconhecido por pescadores da costa oeste da América do Sul, observando baixas capturas, à ocorrência de temperaturas mais altas que o normal no mar, normalmente no fim do ano – daí a designação, que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal.

Durante um ano “normal”, ou seja, sem a existência do fenômeno El Niño, os ventos alísios sopram no sentido oeste através do Oceano Pacífico tropical, originando um excesso de água no Pacífico ocidental, de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio metro mais alta nas costas da Indonésia que no Equador. Isto provoca a ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costa ocidental da América do Sul, que alimentam o ecossistema marinho, promovendo imensas populações de peixes – a pescaria de anchova no Chile e Peru já foi a maior do mundo, com uma captura superior a 12 milhões de toneladas por ano. Estes peixes, por sua vez, também servem de sustento aos pássaros marinhos abundantes, cujas fezes depositadas em terra, o guano, servem de matéria prima para a indústria de fertilizantes.
Quando acontece um El Niño, que ocorre irregularmente em intervalos de 2 a 7 anos, com uma média de 3 a 4 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe.


 Outra consequência de um El Niño é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo, durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas em África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño.

Fonte sobre o El Niño: Wikipédia.
Fotos: Sistemanpa.com.br Jornal O Solimões e Oivelho.com. 

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