terça-feira, 26 de setembro de 2017

UM TOQUE DE ALERTA QUE FEZ ECO NO TEMPO


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Há 22 anos visitando uma comunidade indígena dos índios Yanomamis denominada Maturacá, na fronteira do Brasil com a Venezuela, o general de Exército Benedito Onofre Serra Leonel, a época Ministro-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, cargo equivalente hoje, ao de Ministro da Defesa, defendia maior conhecimento sobre a Amazônia para assegurar a soberania brasileira na região. Se este alerta tivesse sido reconhecido por vários líderes políticos que governaram o Brasil em mais de duas décadas, não estaríamos sofrendo com a insegurança existente hoje, na Amazônia e em todo o Brasil. .
O general Benedito Leonel e Isaías Ribeiro em visita ao Batalhão de Fronteira em Maturacá em 1995.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Turismo no Amazonas para a maioria dos brasileiros é uma missão impossível


Lamentavelmente um dos setores mais importante para alavancar a economia do estado do Amazonas, o ecoturismo está praticamente abandonado por quem de direito deveria estar impulsionando este setor que gera divisas, renda, empregos e crescimento econômico para o estado e o país.  As duras penas e com o sacrifício de alguns empresários, ainda existem os hotéis de selva para receber turistas estrangeiros.
Manaus há 20 anos chegou a figurar no sexto lugar no ranking das cidades brasileiras com maior afluência turística, por ser o principal ponto de partida na Amazônia ocidental, para turistas vindos dos quatro cantos do planeta, que se embrenhavam-na maior floresta tropical úmida do planeta e tomavam banhos nos rios e igarapés, enchiam os pulmões de ar puro no meio da floresta, se alimentando com a culinária regional a base de peixes, farinha, frutas e sucos regionais.
Da capital amazonense os turistas partiam em ritmo de aventura, rumo aos hotéis de selvas localizados a alguns quilômetros de distância, descansavam e no dia seguinte partiam em excursões safaris mata adentro, acompanhados de experientes guias conhecedores da sobrevivência na selva ou pelos rios em barcos e voadeiras e canoas a remo, que são usados a noite para um evento bastante conhecido, que é a focagem dos jacarés, uma atração que os turistas adoram.
Nos safáris dentro da floresta os turistas eram levados para conhecer e abraçar árvores seculares com mais de 30 metros de altura, com troncos de circunferência de até oito metros, onde bandos de macacos saltitavam animados pendurados nos imensos galhos destas árvores e, as mais exóticas aves em voo em bandos ou sendo observados tranquilamente nas árvores.
No silêncio da floresta que é quebrado apenas pelo canto dos pássaros ou pelo barulho dos motores de barcos, lanchas e voadeiras que cortam as águas dos rios, os turistas ficam emocionados e encantados diante da magnitude da natureza, ali os visitantes se calam contemplando as maravilhas da natureza, o guia fala baixo em sinal de respeito ao milagre da criação divina, e elevam seus pensamentos para o alto, quando deparam com o majestoso encontro dos rios Negro e Solimões, onde aparentemente as águas dão a nítida impressão de não se misturar, mais depois se unem para formar o maior rio do mundo em extensão e volume d’ água, o rio Amazonas que segue em uma esplêndida trajetória até desaguar no oceano atlântico.

Em vários lugares desta imensa floresta nas margens desses caudalosos cursos d’água há casas flutuantes e povoados de caboclos e índios que há séculos tiram da floresta e dos rios, tudo o que precisam para sobreviver, num lugar que parece ter sido esquecido por aqueles que habitam em meio a poluição sonora e do ar nas grandes cidades.
Esta visão fantástica que se descortina aos olhos dos turistas que se aventuram na floresta para conhecer este grande santuário ecológico do planeta, onde se encontra nas águas dos rios mais de duas mil espécies de peixes, jacarés, peixes-boi, botos, lontras, ariranhas e milhões de seres visíveis e invisíveis, acima das águas em meio as moitas de Canarana ou nos igapós aninham araras e papagaios multicores e outras espécies que encantam aos olhos de todos. Em terra nos caminhos ou acima deles abertos dentro da floresta em trilhas suspensas construídos para se ter acesso as copas das árvores, nos hotéis de selvas, para que os turistas possam conhecer e conviver com a biodiversidade amazônica, que se faz presente com vegetais enormes que formam a maior cobertura vegetal da Terra e que abrigam toda espécies de vida, inclusive as temidas onças que ressabiadas sobrevivem longe das trilhas percorridas pelo homem.
Não é fácil ver tudo o que existe na floresta amazônica numa única excussão afinal, como percorrer as mais de 700 ilhas do Parque Nacional de Anavilhanas, considerado o maior arquipélago do mundo, ou como escalar o pico da neblina, o ponto mais alto do Brasil, como também a mais alta cachoeira do país e a montanha denominada a Bela Adormecida, todos situados no estado do Amazonas.

Por mais emocionante e gratificante que seja, uma viagem a este estado que conta com várias atrações turísticas naturais, é também frustrante pelo muito que se deixa de ver devido à falta de infraestrutura do estado, que não faz nem um planejamento e nem realiza parceria com a iniciativa privada, visando a lançar pacotes turísticos que possa fazer os turistas que visitam o Amazonas, a ter acesso a todas as maravilhas existentes neste estado.
Sem falar que Manaus está isolada por via terrestre da maioria dos estados brasileiros, devido ao abandono de mais de 30 anos da BR 319 que liga a capital do Amazonas a Porto Velho, que hoje se encontra em situação lastimável, sendo possível apenas o tráfego de veículos durante o verão amazônico de Julho a janeiro, como a maioria da população brasileira gostam de fazer turismo no Brasil com os seus carros, Manaus se torna uma viagem impossível, ficando apenas restrito a visitantes estrangeiros ou quem tem um poder aquisitivo que possa pagar as passagens aéreas caríssimas com destino para Manaus ou se aventurar em embarcar numa viagem de seis dias dentro de um navio de Belém a Manaus.

O interessante é que enquanto os amazonenses estão vivendo no contexto de um estado cuja região faz parte de uma das sete maravilhas da natureza do mundo, assistem matérias produzidas nos telejornais do Brasil, que mostra faturamento de milhões de dólares em estados americanos que investem até no turismo de observação de pássaros e passeios em simuladores que mostra de forma genérica a natureza, baseado em florestas de ficção produzida nos estúdios de cinemas. Enquanto o Brasil possui a maior floresta do mundo com imensos rios, montanhas, cachoeiras maravilhosas e uma biodiversidade única em todo o planeta, não fatura sequer um por cento do que os EUA faturam em suas florestas de ficção.  

sexta-feira, 28 de julho de 2017

A AMAZÔNIA E O POVO BRASILEIRO

Manaus a Metrópole da Amazônia
Estou radicado no estado do Amazonas há quase 40 anos, acompanhei de perto a implantação de vários projetos, como o Calha Norte, Sivam/Sipam a nível federal, o primeiro de ocupação e proteção das fronteiras e o segundo de proteção e vigilância do espaço aéreo, controle e tráfego aéreo na Região Norte. 
Isaías Ribeiro com comandantes militares na fronteira brasileira
Os projetos a nível regional, prefiro não citar. Com relação a capital amazonense, infelizmente contínua à mercê de decisões de Brasília para se manter os incentivos do Polo Industrial de Manaus, antiga Zona Franca mas, em função deste fato Manaus é considerada a Metrópole da Amazônia, como Belém foi denominada como a capital do Estado do Grão-Pará em séculos passados.
Isaías Ribeiro em palestra para convidados civis e militares na comemoração de 2 anos do Jornal ''O Solimões''
Independentemente dos fatos históricos que estas duas grandes cidades da Amazônia representam tanto no período monárquico quanto neste período republicano, o que se destaca hoje diante do Brasil e do mundo, são suas riquezas naturais, tradições, costumes e culturas que são destacados até em filmes e telenovelas em horário nobre, mostrando as peculiaridades existentes nas culturas, tradições e até no linguajar de gírias e expressões que existem também nas outras regiões brasileiras, mais isto é típico deste imenso país com a união de raças e culturas diversas que formam as tradições e cultura brasileira.

O mais importante é que o Norte do Brasil, muitas vezes colocado pelo poder político como uma terra a desbravar, seja reconhecido por todos os brasileiros como um patrimônio natural que deve ser trabalhado no sentido de gerar prosperidade e melhoria na qualidade de vida do povo que vive na Amazônia e extensivo para toda população brasileira. 

Leia também: 

AMAZONAS - TERRA RICA, POVO POBRE

terça-feira, 18 de julho de 2017

A FOTO DO FATO

O Diretor do Jornal O Solimões Isaías Ribeiro no centro, com o Major Brigadeiro do Ar Marcos Antônio de Oliveira ex-Presidente da CCSIVAM e o Major Brigadeiro do Ar Antônio Seixas em um barco a caminho da inauguração de Radares dos Projetos SIVAM/SIPAM na Região do Alto Rio Negro/AM, no final da década de 90. 

Veja também: http://isaiasribeirojs.blogspot.com.br/2012/01/os-dez-anos-do-sivamsipam.html 



domingo, 4 de junho de 2017

ELEIÇÃO DIRETA OU INDIRETA?

A constituição federal do Brasil, refeita nos anos 80 por parlamentares constituintes eleitos nas eleições de 1982 e 1986 e promulgada em 1988, ou seja há 29 anos, exigem de juristas uma profunda reflexão sobre os 245 artigos, mais 70 artigos do ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, que compõem a Constituição da República Federativa do Brasil.

Pelo passar dos anos e por diversas modificações que foram impostas através de Propostas de Emendas Constitucionais aprovadas pelo Congresso Nacional, já deveria ter sido realizada a revisão constitucional, conforme determina o Artigo 3º no ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, o que não foi feito, apenas algumas mudanças pontuais através das PECs, em alguns artigos. (Leia o artigo É CHEGADA A HORA DE UMA REVISÃO CONSTITUCIONAL), clicando neste link:  http://isaiasribeirojs.blogspot.com.br/2012/12/e-chegada-hora-de-uma-revisao.html
A situação em que se encontra hoje o Brasil, devido a problemas causados pela corrupção, urge a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Revisora, com deputados e senadores que poderão serem escolhidos pelo povo nas eleições de 2018, quando a Constituição brasileira completará 30 anos de sua promulgação, para procederam debates e reuniões com todos os segmentos da sociedade brasileira visando a realizarem a revisão da Carta Magna com o apoio popular, para que não haja dúvidas com relação aos direitos e deveres constitucionais. Como por exemplo: se discute hoje, devido à crise política existente, os efeitos sobre o que determina o artigo 81, se houver vagância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República e a forma como vai se proceder a escolha dos sucessores, se em eleição direta ou indireta. O artigo determina que, ‘’ Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, faz-se- a eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
Inciso-Primeiro – Ocorrendo a vagância nos últimos dois anos do período Presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Inciso-Segundo – Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.’’

Sem entrar no mérito, mas apenas exercendo o meu direito como cidadão de expressar o entendimento que tenho sobre o artigo e seus dois incisos, que não consta a palavra cassação de registro de candidatura em eleição, mas sim de vagância por quem de direito ocupavam cargos de Presidente e Vice-Presidente em eleição anterior a de 2014, que não fora contestado por derrotados, exercendo seus mandatos sem prejuízo alguma a democracia. Na realidade, se houver entendimento por parte da maioria dos Ministros do TSE, pela cassação dos Registros de Candidaturas da chapa Dilma/Temer, como houve segundo turno, e esta chapa obteve mais de 50% dos votos do povo brasileiro, é evidente que a eleição de 2014 tem que ser anulada, realizando se assim uma nova eleição direta.


No estado do Amazonas, as eleições de 2014 foi maculada de atos que foram julgados pela Justiça Eleitoral, por denúncias de corrupção eleitoral, o qual levou a cassação dos Registros de Candidaturas do Governador do Amazonas e seu vice por compra de votos, e a maioria dos Ministro do TSE julgaram pela anulação da eleição de 2014, e determinou que o TRE realizasse uma nova eleição direta para Governador e Vice-governador, marcada para o mês de Agosto. Veja aqui neste link: https://oglobo.globo.com/economia/tse-cassa-governador-do-amazonas-por-compra-de-votos-determina-novas-eleicoes-21294419 

Como leigo na matéria não poderia afirmar se este caso pode se transformar em jurisprudência no julgamento da chapa Dilma/ Temer nas eleições de 2014, que o TSE vai realizar no dia 6 de Junho, mas os fatos relacionados a eleição presidencial de 2014 é de que existem indícios e provas de irregularidades por parte desta chapa, relacionados a recursos obtidos através de caixa dois para a eleição, o que também poderá levar a cassação de Registros de Candidaturas de Dilma Rousseff e Michel Temer. Se assim entender a maioria dos Ministros do TSE.    

terça-feira, 9 de maio de 2017

AMAZONAS - TERRA RICA, POVO POBRE



Capa do Jornal ''O Solimões'' de 1996, destacando na primeira página as riquezas do Amazonas, o nióbio dos seis lagos e os garimpos de ouro e o mapa das riquezas do subsolo do estado do Amazonas e dos demais estados da Amazônia brasileira publicado em 2014 no site: http://www.ariquemesonline.com.br/noticia.asp?cod=292364&codDep=34
sobre a cobiça internacional destas riquezas. 

A população do estado do Amazonas e da Região Amazônica em geral nasce pobre, vive no sacrifício, morre na miséria e é enterrado em terra milionária. Este esquisito paradoxo da terra que guarda riquezas imensuráveis e é habitada por um povo paupérrimo, e abandonado só tem explicação na insensatez dos governos desta pátria amada e idolatrada que nega a seus filhos o quinhão que, por direito de cidadania, deveria caber a cada um deles.

O grande império americano se formou a partir do ouro do Arizona e do petróleo do Texas. O Japão ergueu-se de sua grande desventura na guerra, industrializando seus minérios. Aqui mais perto, a Venezuela se elevou aos olhos do mundo através dos seus poços de petrolíferos e suas jazidas de ferro, ouro e manganês.

No Brasil, o saque às riquezas minerais remonta à época da Coroa Portuguesa. Apesar do saque, o ouro fez a fortuna do sudeste, como o linhito fez a do sul. No Nordeste, o sal-gema sustenta a economia. No sul do Pará o ouro criou belas cidades.

No Amazonas, a miséria passeia sobre as províncias minerais que estão sendo guardadas a sete mil chaves. Por que? Para quem? A grande reserva mineral do país está aqui, sob nossos pés. A saída para a Região Norte que poderia atingir o apogeu é a exploração racional de suas riquezas minerais. Mas aí está o problema. O governo não organiza, não planeja, não disciplina. O governo não quer que o homem do Amazonas nasça rico e cresça na abundância. Tudo o que o governo quer é que a incalculável fortuna fique preservada, intocável, à espera do juízo final, que será ditado pelas forças imperialistas no dia em que resolverem se apossar da Amazônia. Dia que, não está longe de chegar. O que se guarda e não se cuida se perde. Editorial do Jornal ''O Solimões'' de Janeiro de 1996, o qual Isaías Ribeiro era o Diretor e Gabriel Andrade e Manoel Marques os editores. Matéria republicada do Blog:  http://isaiasribeirojs.blogspot.com.br/2009/10/amazonas-terra-rica-povo-pobre.html  
de 17 de Outubro de 2009.

Tanto a matéria publicado do Jornal O Solimões escrita há mais de 20 anos, como a matéria publicado pelo site de Rondônia recentemente, é só um exemplo da riqueza mineral desta Região.  Existem outras riquezas inexploradas dentro do contexto da biodiversidade que já poderia estar oferecendo uma ótima qualidade de vida a toda a população que habitam nesta Região.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

AMAZONAS!


A contemplação e admiração 
Desta natureza esplendorosa 
Que revigora o corpo e a alma 
De quem tem o privilégio de respirar o ar puro da manhã 
Sentindo nos poros os primeiros raios do Sol 
No rosto uma brisa agradável 
No horizonte um céu azul 
Que reflete no espelho das águas 
No encontro dos rios 
Com um pôr do sol magnífico 
Que faz deste lugar um encanto natural.

https://pensador.uol.com.br/colecao/isaiasribeiro/