domingo, 4 de junho de 2017

ELEIÇÃO DIRETA OU INDIRETA?

A constituição federal do Brasil, refeita nos anos 80 por parlamentares constituintes eleitos nas eleições de 1982 e 1986 e promulgada em 1988, ou seja há 29 anos, exigem de juristas uma profunda reflexão sobre os 245 artigos, mais 70 artigos do ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, que compõem a Constituição da República Federativa do Brasil.

Pelo passar dos anos e por diversas modificações que foram impostas através de Propostas de Emendas Constitucionais aprovadas pelo Congresso Nacional, já deveria ter sido realizada a revisão constitucional, conforme determina o Artigo 3º no ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, o que não foi feito, apenas algumas mudanças pontuais através das PECs, em alguns artigos. (Leia o artigo É CHEGADA A HORA DE UMA REVISÃO CONSTITUCIONAL), clicando neste link:  http://isaiasribeirojs.blogspot.com.br/2012/12/e-chegada-hora-de-uma-revisao.html
A situação em que se encontra hoje o Brasil, devido a problemas causados pela corrupção, urge a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Revisora, com deputados e senadores que poderão serem escolhidos pelo povo nas eleições de 2018, quando a Constituição brasileira completará 30 anos de sua promulgação, para procederam debates e reuniões com todos os segmentos da sociedade brasileira visando a realizarem a revisão da Carta Magna com o apoio popular, para que não haja dúvidas com relação aos direitos e deveres constitucionais. Como por exemplo: se discute hoje, devido à crise política existente, os efeitos sobre o que determina o artigo 81, se houver vagância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República e a forma como vai se proceder a escolha dos sucessores, se em eleição direta ou indireta. O artigo determina que, ‘’ Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, faz-se- a eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
Inciso-Primeiro – Ocorrendo a vagância nos últimos dois anos do período Presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Inciso-Segundo – Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.’’

Sem entrar no mérito, mas apenas exercendo o meu direito como cidadão de expressar o entendimento que tenho sobre o artigo e seus dois incisos, que não consta a palavra cassação de registro de candidatura em eleição, mas sim de vagância por quem de direito ocupavam cargos de Presidente e Vice-Presidente em eleição anterior a de 2014, que não fora contestado por derrotados, exercendo seus mandatos sem prejuízo alguma a democracia. Na realidade, se houver entendimento por parte da maioria dos Ministros do TSE, pela cassação dos Registros de Candidaturas da chapa Dilma/Temer, como houve segundo turno, e esta chapa obteve mais de 50% dos votos do povo brasileiro, é evidente que a eleição de 2014 tem que ser anulada, realizando se assim uma nova eleição direta.


No estado do Amazonas, as eleições de 2014 foi maculada de atos que foram julgados pela Justiça Eleitoral, por denúncias de corrupção eleitoral, o qual levou a cassação dos Registros de Candidaturas do Governador do Amazonas e seu vice por compra de votos, e a maioria dos Ministro do TSE julgaram pela anulação da eleição de 2014, e determinou que o TRE realizasse uma nova eleição direta para Governador e Vice-governador, marcada para o mês de Agosto. Veja aqui neste link: https://oglobo.globo.com/economia/tse-cassa-governador-do-amazonas-por-compra-de-votos-determina-novas-eleicoes-21294419 

Como leigo na matéria não poderia afirmar se este caso pode se transformar em jurisprudência no julgamento da chapa Dilma/ Temer nas eleições de 2014, que o TSE vai realizar no dia 6 de Junho, mas os fatos relacionados a eleição presidencial de 2014 é de que existem indícios e provas de irregularidades por parte desta chapa, relacionados a recursos obtidos através de caixa dois para a eleição, o que também poderá levar a cassação de Registros de Candidaturas de Dilma Rousseff e Michel Temer. Se assim entender a maioria dos Ministros do TSE.